Efemérides Astronômicas

O CÉU DO OUTONO 2021

EFEMÉRIDES ASTRONÔMICAS

O CÉU DO OUTONO 2021

ABRIL, MAIO E JUNHO

ABRIL

DIA     HORA            (TL)*              FENÔMENO

01       18h                            Antares em conjunção com a Lua a 4.9o S

            23h41min                Lua no nodo descendente

04       07h02min                Lua Quarto Minguante

06       06h                            Saturno em conjunção com a Lua a 4.0o N

07       04h                            Júpiter em conjunção com a Lua a 4.4o N

11       23h31min                Lua Nova (início da lunação 1216)

14       14h47min                Lua no apogeu (406120 km da Terra)

16       01h                            Aldebaran em conjunção com a Lua a 5.4o S

            02h53min                Lua no nodo ascendente

17       09h                            Marte em conjunção com a Lua a 0.1o N

                                               (ocultação visível no sul e sudeste da Ásia)

18       23h                            Mercúrio em conjunção superior

19       15h                            Pollux em conjunção com a Lua a 3.2o N

20       03h59min                Lua Quarto Crescente

22       07h                            Regulus em conjunção com a Lua a 4.9o S

            madrugada             Máximo da chuva de meteoros Liridas de Abril

26       00h                            Spica em conjunção com a Lua a 6.5o S

            22h                            Mercúrio no periélio

27       00h31min                Lua Cheia (“superlua”…)

            12h24min                Lua no perigeu (357379 km da Terra)

29       03h                            Antares em conjunção com a Lua a 4.8o S

            06h17min                Lua no nodo descendente

30       18                              Urano em conjunção com o Sol

MAIO

DIA     HORA(TL)                FENÔMENO

03       14h                            Saturno em conjunção com a Lua a 4.2o N

            16h50min                Lua Quarto Minguante

04       18                              Júpiter em conjunção com a Lua a 4.6o N

05       madrugada             Máximo da chuva de meteoros Eta Aquáridas

11       16h00min                Lua Nova (início da lunação 1217)

            18h54min                Lua no apogeu (406512 km da Terra)

13       07h29min                Lua no nodo ascendente

            15h                            Mercúrio em conjunção com a Lua a 2.1o N

16       02h                            Marte em conjunção com a Lua a 1.5o S

            22h                            Pollux em conjunção com a Lua a 3.1o N

17       03h                            Mercúrio na máxima elongação E (22.0o)

19       14h                            Regulus em conjunção com a Lua a 5.0o S

            16h13min                Lua  Quarto Crescente

23       10h                            Spica em conjunção com a Lua a 6.5o S

25       22h52min                Lua no perigeu (357310 km da Terra)

26       08h14min                Lua Cheia (“superlua”…)

                                               Eclipse Lunar Total visível em parte no Brasil

            14h                            Antares em conjunção com a Lua a 4.8o S

            16h38min                Lua no nodo descendente

29       00h                            Mercúrio em conjunção com Vênus a 0.4o S

30       22h                            Saturno em conjunção com a Lua a 4.2o N

31       09h                            Marte em conjunção com Pollux a 5.2o S

JUNHO

DIA     HORA(TL)                FENÔMENO

01       06h                            Júpiter em conjunção com a Lua a 4.6o N

02       04h24min                Lua Quarto Minguante

07       23h27min                Lua no apogeu (406230 km da Terra)

09       13h42min                Lua no nodo ascendente

10       07h53min                Lua Nova (início da lunação 1218)

                                               Eclipse Solar Anular (invisível no Brasil)

            22h                            Mercúrio em conjunção inferior

12       04h                            Vênus em conjunção com a Lua a 1.5o S

            10h                            Vênus no periélio

13       03h                            Pollux em conjunção com a Lua a 3.1o N

            17h                            Marte em conjunção com a Lua a 2.8o S

15       20h                            Regulus em conjunção com a Lua a 5.0o S

18       00h54min                Lua Quarto Crescente

21       00h32min               Solstício (início do inverno para o hemisfério sul)

            13h                            Vênus em conjunção com Pollux a 5.1o S

22       18h                            Mercúrio em conjunção com Aldebaran a 1.8o N

23       00h                            Antares em conjunção com a Lua a 4.8o S

            03h07min               Lua no nodo descendente

            06h58min               Lua no perigeu (359960 km da Terra)

24       15h40min               Lua Cheia (“superlua”…)

27       07h                            Saturno em conjunção com a Lua a 4.0o N

28       16h                            Júpiter em conjunção com a Lua a 4.5o N

30       09h                            Netuno em conjunção com a Lua a 4.0o N

* Tempo Legal do fuso -3h

Eventos em negrito são de destaque durante o período.

Para mais informações sobre os fenômenos listados aqui, recomendamos a consulta do Anuário Astronômico Catarinense 2021, de autoria de Alexandre Amorim. Pedidos para: costeira1@yahoo.com

DESTAQUES DEEP-SKY

ABRIL

O TRIPLETO DE GALÁXIAS EM LEO

            Cerca de 2.4 graus a sudeste da estrela de terceira magnitude Theta Leonis situam-se as galáxias M 65 (NGC 3623), M 66 (NGC 3627) e NGC 3628. Distantes cerca de 35 milhões de anos-luz, as três são do tipo espiral e podem ser vistas juntas dentro do campo de visão de um telescópio, operando com uma ocular que proporcione baixo aumento (ao redor de 50 vezes).

            Diversas investigações [e.g., Duan (2006), Astronomical Journal, 132, 1581] suportam a interpretação de que estas três galáxias interagem entre si, experimentando evolução síncrona. Entre os sintomas de tais interações estão explosões de formação estelar, deformações estruturais, e a presença de possíveis barras em pelo menos duas delas (NGC 3623 e NGC 3628).

            Observadas pelo autor através de um telescópio refrator de 60 mm de abertura com ocular de 40 aumentos na noite de 13 para 14 de abril de 1985 sob excelentes condições atmosféricas no sítio Kappa Crucis, de propriedade do saudoso companheiro Alceu Félix Lopes, membro da Sociedade Astronômica Riograndense (SARG), a galáxia mais brilhante (M 66) mostrava duas pequenas estrelas levemente sobrepostas. Na realidade, estas estrelas pertencem à Via Lactea, mas podem ser confundidas com supernovas extragalácticas por observadores desavisados.

O tripleto de galáxias em Leo (Leão). A estrela SAO 99552 tem magnitude visual 7.2. Crédito das imagens: M 65 © Volker Wendel; M 66 © Canada-France-Hawai’i Telescope/J.-C. Cuillandre (CFHT)/Coelum; NGC 3628 © Deep Sky Colors – Photography by RBA; Tripleto © REU program/NOIRLab/NSF/AURA; Mosaico: L. A. L. da Silva.

MAIO

O FANTASMA DE JÚPITER

            Assim é apelidada a nebulosa planetária NGC 3242, situada na constelação de Hydra (Hidra), descoberta pelo astrônomo teuto-inglês William Herschel (1738 – 1822) em 7 de fevereiro de 1785.

            É uma das poucas nebulosas planetárias ao alcance de um pequeno  telescópio. Imagens de alta resolução deste objeto revelam uma arquitetura interna complexa e delicada. Suas duas extremidades são marcadas por FLIERs, ou seja, lóbulos de gás de movimento muito rápido.

A nebulosa planetária NGC 3242, “o fantasma de Júpiter”, situada na constelação de Hydra (Hidra), distante 4800 ± 500 anos-luz do sistema solar. Crédito da imagem: HST/STScI

JUNHO

“POÇO DOS DESEJOS”: ENXAME ESTELAR EM CARINA

            NGC 3532 é um aglomerado aberto de estrelas descoberto pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de Lacaille (1713 – 1762) em 1751. Uma das mais finas joias do firmamento austral ao alcance de telescópios e binóculos. A sua região central possui perfil alongado, ou fusiforme. O emprego de uma ocular de baixo aumento permite constatar um campo virtualmente encharcado de estrelas, a maioria de magnitudes 7 ou 8, compondo um denso arranjo. Surpreendentemente, o grande astrônomo e divulgador inglês Patrick Moore (1923 – 2012) o classifica como “medianamente rico” (!), ao descrevê-lo em seu monumental Atlas del Universo (Ed. Labor, Barcelona, 1970). É provável que a descrição equivocada deste objeto seja devida à elevada declinação austral em que se encontra, o que o coloca sempre mal situado para observadores localizados no hemisfério norte. Seu apelido justifica-se pelo cintilar das suas estrelas, lembrando moedas brilhando no fundo de uma fonte (ou poço) dos desejos…

O aglomerado estelar aberto NGC 3532, na constelação de Carina (Quilha), verdadeiro enxame de estrelas no céu noturno de outono. Crédito da imagem: Mischa Schirmer, Hakos Farm, Namíbia.

ATRAÇÕES NAS NOITES DE OUTONO

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