Esmague o Sol até ele caber dentro de Novo Hamburgo e você terá um objeto com tanta gravidade que nem mesmo a luz poderá escapar. Se quiséssemos transformar a Terra num corpo desses, teríamos que comprimi-la até ela caber dentro de uma bolinha de pingue pongue. Estas foram duas receitas de como fazer um buraco negro: a primeira em escala real e a segunda em miniatura!
Dito isso, fica ao menos uma pergunta: mas afinal, como surge um buraco negro de verdade? A resposta está relacionada com a vida das estrelas, que nascem e morrem. O ponto crucial é o momento de sua formação. Assim como um bebê gorducho, a estrela deve originar-se com muita massa – aproximadamente oito vezes mais que o Sol.
A vida de uma estrela consiste em fundir os átomos, transformando-os em tipos cada vez mais pesados: Hidrogênio em Hélio, Hélio em Carbono e por aí vai. Quando se trata de uma estrela anã, do tipo do Sol, por exemplo, sua vida termina com um breve inchaço e alguns gases lançados lentamente ao espaço. Porém, quando é uma estrela gigante, ela continua fundindo outros elementos ainda mais pesados e, quando termina seu combustível, explode num evento chamado Supernova.
Essa explosão acontece apenas de um ponto para fora da estrela. De um limite para dentro ela implode, esmagando seus átomos até destruí-los. Isso ocorre até ela ficar tão compactada ao ponto de sua gravidade impedir a própria luz de sair para o espaço. Chamamos esse objeto de buraco negro: um cadáver de estrela, do qual nada pode escapar, nem a coisa mais rápida que se conhece – a luz!
Várias décadas antes de sua existência ser comprovada, alguns cientistas já haviam previsto teoricamente a existência desses buracos negros. Einstein foi um deles! As maiores estrelas do Universo, quando terminam suas vidas, deixam buracos no espaço. Fica uma pergunta: para onde levam estes buracos negros? Ao menos por enquanto, a resposta é: ninguém sabe!