Na cidade de Porto Alegre, Brasil, o eclipse iniciou às 15h23min15s (TU), atingiu a fase máxima às 16h50min48s (com magnitude 0.63 e obscurecimento de 54.4%) e terminou às 18h12min08s.
No Observatório Astronômico Tarântula (OAT), integrante da Central de Operações de Lomba Grande (Ctrl Ops LG) da Rede Omega Centauri, realizamos medidas do fluxo de radiação ultravioleta (UVA e UVB), da insolação, e da iluminação ambiental durante a ocorrência do eclipse.
Infelizmente as condições meteorológicas estavam desfavoráveis, com a presença de uma frente fria com deslocamento lento sobre todo o estado do Rio Grande do Sul (ver Figs. 1 e 2). Durante todo o evento, o céu permaneceu 100% encoberto por um lençol de Stratocumulus stratiformis opacus de características pós-frontais. No transcorrer do fenômeno, a camada de nuvens baixas alternou a opacidade total com raros momentos de leve translucidez. Em direção ao final do eclipse, ela ficou mais transparente, mas mostrando também variações mais acentuadas no grau de transparência. Porém, dado que, de modo geral, a espessura da camada de nuvens foi aproximadamente constante, com raros momentos de adelgaçamento, pode-se dizer que as variações detectadas nas leituras da tabela 1 e graficadas na Figura 4 são principalmente devidas ao eclipse.
Para as medidas foram utilizados um medidor digital de radiação ultravioleta Instrutherm modelo MRU-201, um solarímetro digital Instrutherm modelo MES-100, e um luxímetro digital Minipa modelo MLM-1011. Próximo à fase máxima (poucos minutos após), foi possível obter uma série de fotos, utilizando uma câmera digital Nikon P-900.
Observador: Luiz Augusto L. da Silva
Local da Observação:
Observatório Astronômico Tarântula
φ = 29o47’08.68″, λ = 51o00’02.90″ h = 192.51m
(www.luizaugustoldasilva.com)
20210113