(Datas e horários pelo fuso TL = TU – 3h = horário de Brasília)
1) ECLIPSES LUNISSOLARES:
Em 2023, ocorrem 4 eclipses, 2 da Lua e 2 do Sol.
1.1) ECLIPSES LUNARES:
a) Eclipse Penumbral, Mai. 05. Invisível no Brasil. Será visível na África, Ásia, e Austrália.
b) Eclipse Parcial, Out. 28. Visível no leste das Américas, na Europa, África, Ásia, e Austrália. A magnitude umbral máxima será de apenas 0.122. Somente a saída da Lua da penumbra terrestre será visível desde a cidade de Porto Alegre, com a Lua a 7 graus de altura sobre o horizonte.
1.2) ECLIPSES SOLARES:
a) Eclipse Híbrido, Abr. 20: Invisível no Brasil.
b) Eclipse Anular, Out. 14: Visível no Brasil, através das regiões norte e nordeste. Natal e João Pessoa verão o eclipse como anular, na parte da tarde. O resto do país assistirá um eclipse parcial comum. Em Porto Alegre, a magnitude máxima será 0.289, e o obscurecimento máximo 0.175. O eclipse iniciará às 15:52 com o Sol a 34 graus de altura, a fase máxima é às 16:48 (22o), e o eclipse termina às 17:39 (11o). Na capital paraibana, a fase máxima acontece com o Sol baixo, cerca de 7 graus acima do horizonte oeste. O eclipse inicia às 15:31, a fase anular compreenderá desde às 16:45 até às 16:48, com instante central às 16:47 (duração de 3min02s). O fim do eclipse parcial não será visível, porque o Sol se põe antes, às 17:13. A magnitude máxima será 0.95, e o obscurecimento de 88.5%.
2) COMETAS BRILHANTES:
Em 2023, três cometas conhecidos poderão atingir visibilidade a olho-nu. São eles:
– 96P/MACHHOLZ: Tem período de 5.28 anos, e atingirá o periélio em Jan. 31.1. A magnitude máxima poderá ser +2, mas naquele momento não estará bem situado para observação. Observadores perto da linha do equador poderão ter chance de visualizá-lo após a passagem periélica no final do mês de Fevereiro, mas aí já estará com magnitude +10.
– 2P/ENCKE: Cometa com o menor período orbital catalogado (3.3 anos). Atingirá o periélio em Out. 22.5, e a magnitude máxima poderá ser ao redor de +6 (limite da visibilidade a olho-nu).
– 62P/TSUCHINSHAN: Com período de 6.18 anos, vai passar pelo periélio em Dez. 25.1. A mínima distância à Terra será de 0.5 UA, e o brilho máximo, magnitude +7. Ele está sendo incluído aqui apenas pela possibilidade (talvez remota) de apresentar brilho máximo superior ao predito, podendo invadir o campo da visibilidade a olho-nu.
Sempre há a possibilidade de descoberta repentina de um novo cometa excepcionalmente brilhante.
3) OCULTAÇÕES LUNARES:
De acordo com o Anuário Astronômico Catarinense, de autoria de Alexandre Amorim, do Núcleo de Estudos e Observações Astronômicas José Brazilício de Souza, de Florianópolis, SC, Brasil (pedidos para costeira1@yahoo.com), em 2023 a estrela mais brilhante a ser ocultada pela Lua em território brasileiro será Beta Tauri (magnitude visual 1.7), em duas datas: Novembro 01, e Dezembro 25-26.
Os planetas Marte e Júpiter serão ocultados pela Lua em 2023 com visibilidade no Brasil. As ocultações de Júpiter acontecem em Fevereiro 22 (visível no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná), e em Março 22 (visível em todo o território nacional, exceto nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, e região sul). No sul do estado do Paraná será possível assistir a uma rasante de limite norte! As ocultações de Marte serão em Janeiro 31 (no Amazonas e Roraima) e em Setembro 16 (no litoral nordestino e norte da região Norte).
4) OCULTAÇÕES ASTEROIDAIS:
A estrela mais brilhante a ser ocultada por um asteroide em 2023 com chances de visibilidade no Brasil é Beta Scorpii (magnitude visual 2.6), em Fev. 09. O asteroide é 2001 HA59. Para uma lista completa de eventos, consulte o ANUÁRIO ASTRONÔMICO CATARINENSE 2023 (pedidos para: costeira1@yahoo.com).
5) CONFIGURAÇÕES PLANETÁRIAS:
5.1) MERCÚRIO:
Jan. 07 Conjunção Inferior
Jan. 30 Máxima Elongação W (25.0o) – visibilidade matutina
Mar. 17 Conjunção Superior
Abr. 11 Máxima Elongação E (19.5o) – visibilidade vespertina
Mai. 01 Conjunção Inferior
Mai. 29 Máxima Elongação W (24.9o) – visibilidade matutina
Jul. 01 Conjunção Superior
Ago. 09 Máxima Elongação E (27.4o) – visibilidade vespertina
Set. 06 Conjunção Inferior
Set. 22 Máxima Elongação W (17.9o) – visibilidade matutina
Out. 20 Conjunção Superior
Dez. 04 Máxima Elongação E (21.3o) – visibilidade vespertina
Dez. 22 Conjunção Inferior
5.2) VÊNUS:
Jun. 04 Máxima Elongação E (45.4o) – visibilidade vespertina
Ago. 13 Conjunção Inferior
Out. 23 Máxima Elongação W (46.4o) – visibilidade matutina
5.3) MARTE:
Nov. 18 Conjunção
5.4) JÚPITER:
Abr. 11 Conjunção
Nov. 03 Oposição
5.5) SATURNO:
Fev. 16 Conjunção
Ago. 27 Oposição
5.6) URANO:
Mai. 09 Conjunção
Nov. 13 Oposição
5.7) NETUNO:
Mar. 15 Conjunção
Set. 19 Oposição.
6) CHUVAS DE METEOROS:
Incluímos apenas breves comentários sobre os principais radiantes meteóricos de recorrência anual melhor posicionados para observadores do hemisfério sul.
a) LIRIDAS DE ABRIL: Máximo na madrugada de Abr. 23. A Lua Nova dia 20, irá garantir céu escuro. Favorável!
b) ETA AQUÁRIDAS: Máximo principal em Mai. 05 coincidindo com a Lua Cheia!… Desfavorável.
c) COMPLEXO METEÓRICO ECLÍPTICO DE INVERNO: Aqui incluem-se as Alfa Capricórnidas, as Delta Aquáridas Norte e Sul, Pisces Austrálidas, Iota Aquáridas Norte e Sul, e Beta Cétidas. Os principais máximos verificam-se entre Jul. 28 e Jul. 30. Uma “superlua” Cheia ocorre em Ago. 01, coincidindo com a área dos radiantes… Desfavorável!
d) ORIÔNIDAS: Máximo na noite de Out. 21. Lua em Quarto Crescente dia 22. Sem interferência do luar durante a madrugada.
e) LEÔNIDAS: Máximo na madrugada de Nov. 18. Livre de interferência do brilho lunar.
f) GEMÍNIDAS: Máximo em Dez. 14. Favorável, sem interferência do brilho da Lua!
7) ESTAÇÕES DO ANO:
Equinócio: Mar. 20, 21h25min. Início do outono para o hemisfério sul.
Solstício: Jun. 21, 14h51min. Início do inverno para o hemisfério sul.
Equinócio: Set. 23, 06h50min. Início da primavera para o hemisfério sul.
Solstício: Dez. 22, 03h28min. Início do verão para o hemisfério sul.