JULHO, AGOSTO E SETEMBRO
JULHO
DIA HORA (TL)* FENÔMENO
01 18h11min Lua Quarto Minguante
04 17h Mercúrio na máxima elongação W (21.6o)
05 11h48min Lua no apogeu (405342 km da Terra)
20h Terra no afélio (1.01673 UA)
06 19h41min Lua no nodo ascendente
20h Aldebaran em conjunção com a Lua a 5.5o S
08 02h Mercúrio em conjunção com a Lua a 3.7o S
09 22h17min Lua Nova (início da lunação 1219)
12 06h Vênus em conjunção com a Lua a 3.3o S
07h Marte em conjunção com a Lua a 3.8o S
13 02h Regulus em conjunção com a Lua a 4.9o S
17 01h Spica em conjunção com a Lua a 6.4o S
07h11min Lua Quarto Crescente
20 09h Antares em conjunção com a Lua a 4.7o S
10h22min Lua no nodo descendente
21 07h30min Lua no perigeu (364520km da Terra)
18h Vênus em conjunção com Regulus a 1.0o N
23 23h37min Lua Cheia
24 14h Saturno em conjunção com a Lua 3.8o N
25 22h Júpiter em conjunção com a Lua a 4.2o N
29-30 Máximo do complexo meteórico eclíptico de inverno
(Pisces Austrálidas, Delta Aquáridas Sul, e Alfa Capricórnidas)
29 11h Marte em conjunção com Regulus a 0.6o N
31 10h16min Lua Quarto Minguante
AGOSTO
DIA HORA(TL) FENÔMENO
01 11h Mercúrio em conjunção superior
02 02h Saturno em oposição
04h35min Lua no apogeu (404412 km da Terra)
23h51min Lua no nodo ascendente
03 03h Aldebaran em conjunção com a Lua a 5.7o S
06 17h Pollux em conjunção com a Lua a 3.1o N
08 10h50min Lua Nova (início da lunação 1220)
11 04h Vênus em conjunção com a Lua a 4.3o S
13 07h Spica em conjunção com a Lua a 6.1o S
15 12h20min Lua Quarto Crescente
16 13h04min Lua no nodo descendente
16h Antares em conjunção com a Lua a 4.5o S
17 06h23min Lua no perigeu (369127 km da Terra)
19 00h Mercúrio em conjunção com Marte a 0.1o S
20h Júpiter em oposição
20 19h Saturno em conjunção com a Lua a 3.7o N
22 02h Júpiter em conjunção com a Lua a 4.0o N
09h02min Lua Cheia
29 23h22min Lua no apogeu (404100 km da Terra)
30 02h13min Lua no nodo ascendente
04h13min Lua Quarto Minguante
SETEMBRO
DIA HORA(TL) FENÔMENO
03 01h Pollux em conjunção com a Lua a 3.0o N
05 12h Vênus em conjunção com Spica a 1.4o N
06 21h52min Lua Nova (início da lunação 1221)
09 13h Spica em conjunção com a Lua a 5.9o S
23h Vênus em conjunção com a Lua a 4.1o S
11 07h05min Lua no perigeu (368464 km da Terra)
12 13h35min Lua no nodo descendente
21h Antares em conjunção com a Lua a 4.2o S
13 17h39min Lua Quarto Crescente
14 01h Mercúrio na máxima elongação E (26.8o)
05h Netuno em oposição
17 00h Saturno em conjunção com a Lua a 3.8o N
18 04h Júpiter em conjunção com a Lua a 4.0o N
20 20h55min Lua Cheia
23h Mercúrio em conjunção com Spica a 1.2o S
22 16h21min Equinócio de Primavera para o hemisfério sul!
26 04h33min Lua no nodo ascendente
18h44min Lua no apogeu (404641 km da Terra)
28 22h57min Lua Quarto Minguante
30 10h Pollux em conjunção com a Lua a 2.8o N
* Tempo Legal do fuso -3h
Eventos em negrito são de destaque durante o período.
Para mais informações sobre os fenômenos listados aqui, recomendamos a consulta do Anuário Astronômico Catarinense 2021, de autoria de Alexandre Amorim. Pedidos para: costeira1@yahoo.com.
DESTAQUES DEEP-SKY
Aqui em minha residência, Tranquility Base, em meio à Mata Atlântica da área rural de Novo Hamburgo, o solstício de inverno é assinalado pelas flores rubras das babosas (Aloe arborescens), e pela florada principal dos girassóis mexicanos (Tithonia diversifolia), uma encantadora explosão silenciosa de flores amarelas vistosas.
Quando o Sol dá lugar às longas noites geladas e cristalinas, no oeste já não se vê mais Orion (Órion). Há poucas semanas, o caçador celestial ainda aparecia, dilatado pela ilusão da Lua, e obscurecido pela atmosfera. Mas, como reza a lenda, a leste, surge alta no céu a majestosa constelação de Scorpius (Escorpião) e, ao seu lado, Sagittarius (Sagitário), ostentando o centro galáctico. Este trecho do zodíaco é a marca registrada do inverno austral. Então esqueço a lareira, o fondue e o chocolate quente para mergulhar fundo no firmamento estrelado!
JULHO
O AGLOMERADO DE PTOLOMEU
Situado próximo à extremidade da cauda do Escorpião, NGC 6475, também conhecido como M-7, é um cúmulo estelar aberto excelente para visualização através de binóculos ou telescópios de distância focal curta, que proporcionam um largo campo de visão. Meu binóculo 25×100, montado sobre um tripé, fornece uma vista estupenda dele. A distância deste aglomerado é avaliada hoje como da ordem de 980 anos-luz, e a sua idade em aproximadamente 200 Mega-anos [Villanova, Carraro e Saviane (2009), Astronomy and Astrophysics, 504, (3), 845].
O aglomerado foi descrito pela primeira vez no ano 130 da nossa era pelo astrônomo de origem grega Cláudio Ptolomeu (c. 90 – c. 170). Perceptível a olho-nu em um local de céu escuro, possui magnitude integral 3.3 e um generoso diâmetro aparente de 80′, o que corresponde a um diâmetro real de 50 anos-luz na distância atualmente admitida.
Podemos encontrá-lo exatamente no meio de uma linha reta imaginária, traçada entre a estrela de segunda magnitude Kappa Scorpii e a estrela de terceira magnitude Gamma Sagittarii. Contam-se facilmente cerca de 50 estrelas, distribuídas sobre um fundo galáctico brilhante.
AGOSTO
UMA LAGOA NO CÉU
M-8 (NGC 6523) é uma região de formação estelar localizada no âmago da constelação de Sagittarius (Sagitário), apenas cerca de um grau a sudeste do ponto do céu onde brilha o Sol durante o solstício de dezembro. Apelidada de “nebulosa da Lagoa”, fica distante 4850 anos-luz. Sua magnitude total alcança 6.0, e suas dimensões aparentes 90′ x 40′.
Ela foi descrita pela primeira vez pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna (1597 – 1660) em 1654. Associado a esta nebulosa encontramos o aglomerado estelar aberto NGC 6530, contendo cerca de 20 estrelas perceptíveis através de um pequeno instrumento. Embora a visualização conveniente deste aglomerado suporte aumentos mais elevados, eles não são recomendáveis para a observação da nebulosa em si.
Parece que o apelido “lagoa” foi empregado pela primeira vez por Agnes Mary Clerke (1842 – 1907), historiadora irlandesa e estudiosa de astronomia, em seu livro The System of the Stars, publicado em 1890, ao referir-se à nebulosa escura que bissecta a nebulosa de emissão brilhante situada ao fundo, embora a denominação pareça inadequada, pois aquela faixa de absorção lembra mais um canal, do que propriamente uma lagoa.
SETEMBRO
O GLOBULAR SOLITÁRIO
Nos céus obscuros da constelação de Capricornus (Capricórnio), na esteira zodiacal de Sagittarius (Sagitário), encontraremos NGC 7099, mais conhecido como M-30. Trata-se de um aglomerado globular com distância avaliada em 27000 anos-luz, perdido no halo da Galáxia, cuja idade é estimada em 12.93 Giga-anos, conforme Duncan e Bridges [2010, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 404, (3), 1203].
Este objeto possui magnitude total 7.7 e um diâmetro aparente de 12′. Ele foi descoberto pelo astrônomo francês caçador de cometas Charles Messier (1730 – 1817) em 1764. Seu perfil radial de brilho mostra forte concentração na direção do centro.
DELEITES DE INVERNO