Quando alguém pede o seu endereço, parece suficiente dizer a rua, o número, o bairro e a cidade. Mas alguma vez já pensou qual seria o seu endereço se tivesse que explicar para alguém que estivesse fora do nosso Universo?
Para preencher esse endereço cósmico precisamos começar na Grécia, uns dois milênios atrás: Erastóstenes notou uma diferença no tamanho das sombras de objetos em cidades distantes. Ele concluiu que isso se devia ao fato de a superfície da Terra ser curva. Ao comparar o ângulo dessas sombras com a distância entre as cidades, obteve o tamanho aproximado para a circunferência do planeta.
O segundo passo foi dado pelo polonês Copérnico, uns quatro séculos atrás, ao anunciar que a Terra orbitava o Sol como qualquer outro planeta do sistema solar. Outros astrônomos como o alemão Kepler e o italiano Galileu comprovaram e refinaram, respectivamente através de cálculos e observação, as conclusões de Copérnico.
A terceira grande descoberta nesse sentido foi feita por William Herschel, uns dois séculos atrás, e revelou que o nosso sistema solar está dentro de uma galáxia, chamada Via-Láctea. Pouco mais de um século depois disso, Hubble descobriu que algumas nuvens de estrelas observadas com grandes telescópios não eram simples nebulosas, mas outras galáxias como a nossa.
A mais recente descoberta nesse sentido mostra que a Via-Láctea e sua turma de galáxias fazem parte de um imenso aglomerado. Mais ainda, o Universo é feito, em grande escala, de uma estrutura em forma de filamentos formados por esses aglomerados. As galáxias, com seus bilhões de sóis e planetas, são como células no tecido do Universo!