De acordo com estudos da NASA, o cometa, descoberto em março deste ano, é formado por gelo rocha e poeira, e realiza sua primeira passagem pelo sistema solar. Sua passagem com a aproximação máxima da Terra foi na quinta-feira (23), mas os melhores dias de observação para a região sul do cometa estavam previstos para sexta (24) e sábado (25). Porém, nesses dias o céu estava fechado de nuvens, assim como nos dias que se seguiram. Apenas o início de noite da quarta-feira (29) foi de céu limpo, quando conseguimos realizar os registros.
Não foi fácil localizar o cometa. Era necessário um bom binóculo e muita paciência, numa busca de cerca de 20 min na direção norte-noroeste, na altura de cerca de 20° a partir do horizonte. Em seguida apontamos o telescópio, que nos deu belas imagens objeto celeste. Com o telescópio apontado na direção da localização do Neowise, foi a vez de apontar com a câmera fotográfica, provida de uma teleobjetiva, e fazer os ajustes necessários para conseguir um bom registro.
Quando assumimos a missão de rastrear o cometa estávamos cientes de que o desafio não era pequeno. Mas o resultado alcançado foi compensador. “Apostei tudo no último ou penúltimo dia para a observação, a emoção é muito grande depois da expectativa que passei nos últimos dias e o tempo fechado não permitia sair para ver esse cometa. Seria extremamente desagradável esperar 6 mil anos para poder vê-lo novamente” foi a declaração de encantamento de Mauro Hoffmann em tom de brincadeira.
Informações adicionais
– Os registros foram feitos no início da noite ontem (29), 19 h e 20 min
– Local: interior de Dois Irmãos
– Configuração da câmera e da teleobjetiva: 2 s (exposição), f8 , iso4000 em 400mm
– Envolvidos: Érico Kemper – professor de Física do IFRS – Campus Canoas
Mauro Hoffmann Netto – membro pesquisador
>>> ambos membros do Rede Ômega Centauri